A indústria de óleos vegetais, que opera com margens estreitas, também tem sentido os efeitos da queda na atividade econômica, principalmente no consumo interno. Segundo previsão da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), em 2016, o consumo de farelo deve registrar redução de 4,5% em relação a 2015, em razão da menor produção de carne de frango. O consumo de óleo para a alimentação e para a produção de biocombustível também registrará queda de 0,3%. Além disso, as empresas processadoras do complexo soja se ressentem de falta de rentabilidade e perda de competitividade internacional, por causa do acúmulo de créditos tributários, sem perspectiva de realização no curto prazo.

A expectativa para 2017 é mais positiva no que se refere à oferta de matéria-prima. A boa notícia é a produção recorde de mais de 101 milhões de toneladas de soja, de acordo com projeção da Abiove. A entidade também projeta alta na exportação da oleaginosa em 2017, considerando que o volume crescerá de 51,70 milhões de t em 2016 para 58,00 milhões de t. Já o processamento de soja deverá aumentar em 2017, de 39,20 milhões de t para 41 milhões de t. Além disso, os preços internacionais deverão se manter em um patamar superior a US$ 10/bushel na Bolsa de Chicago, proporcionando o ingresso de US$ 27,6 bilhões no complexo soja.

Fonte: Assessoria de comunicação da Abiove

Segunda Feira - 02/01/2017 

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