A corrente de comércio Brasil-China totalizou US$ 3,7 bilhões em janeiro de 2016, queda de 27% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações brasileiras apresentaram leve acréscimo de 3%, enquanto as importações oriundas do país asiático fecharam o período em queda, com redução de 38%. O saldo comercial entre os dois países encerrou o primeiro mês de 2016 com um déficit de US$ 914 milhões para o Brasil, refletindo, no entanto, um acréscimo de 61% em relação a janeiro do ano passado.

Em janeiro, minério de ferro foi o item com maior percentual de participação na pauta exportadora (23,2% das vendas). Em seguida, óleos brutos de petróleo, com 16,4%, e pasta química de madeira, exceto para dissolução, com 12%. A soja representou 8,4% da pauta, participação ainda pequena, tendo em vista que as vendas provavelmente terão acréscimos maiores de acordo o incremento da safra de 2016.

Também se destacaram os fornos elétricos industriais ou de laboratório, que geraram vendas equivalentes a US$ 90 milhões, e veículos aéreos (aviões), que alcançaram valor de US$ 46 milhões.

As exportações de carne bovina, em janeiro, somaram US$ 41 milhões, frente as exportações de carne de aves, que alcançaram US$ 39 milhões.

Já em relação às importações de produtos chineses, o mês de janeiro apresentou retração na grande maioria dos itens. O valor das importações dos dois setores que frequentemente lideram a pauta - aparelhos elétricos e mecânicos - fecharam o primeiro mês do ano em queda, respectivamente, de 53% e 46%. Da mesma forma, a quantidade importada também indicou variações negativas, de 54% para aparelhos elétricos, e 30% para mecânicos.

No mês, o Brasil importou US$ 555 milhões em embarcações e estruturas flutuantes, sendo o item mais relevante da pauta em termos de valor.

Os dados foram divulgados pelo Conselho Empresarial Brasil-China, por meio do Informativo nº 51ª do CEBC Alerta.