A desaceleração da economia chinesa tem sido uma preocupação para os mercados, dado a sua necessidade de consumo de matérias primas e seu enorme peso no comércio internacional, alerta relatório divulgado pela Sparks Capital.

Segundo a consultoria, um menor crescimento na economia da China terá efeito baixista nos preços das commodities, algo que afetará o desempenho da economia brasileira em 2019.

De acordo com o documento, o presidente norte-americano Donald Trump continua se intrometendo na gestão do FED (Federal Reserve, o BC dos EUA) e chegou a discutir com seus assessores se deveria ou não demitir o presidente da autoridade monetária, quebrando uma longa tradição de não ingerência do executivo nos órgãos que administram a economia do país.

“Seu estilo de administração tem criado crescente desconforto nos agentes econômicos ao quebrar regras e desrespeitar acordos. Desde sua posse a economia norte-americana passou a agregar mais incerteza que o usual ao cenário global”, destaca a consultoria.

Outra fonte de preocupação, a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, arrefeceu em dezembro e neste início de janeiro, uma vez que negociações foram iniciadas para se chegar a um acordo.

Na zona do euro, neste início do ano, as tensões existentes na região se concentrarão no “Brexit”, que tem boas chances de ser dar de maneira atabalhoada. “A possibilidade de falta de acordo entre as duas partes ainda pode gerar algum desconforto nos mercados” afirma Ana Elisa Bacha Lamounier, CEO e Founder da consultoria Sparks Capital.

Para ela, a recuperação da economia no Brasil manteve seu ritmo comedido, possibilitando que o índice de inflação permanecesse abaixo da meta do Banco Central (BC). Por consequência, os juros praticados no mercado financeiro recuaram em dezembro e janeiro. “Apesar do final de ano, o mercado de fusões e aquisições no Brasil se manteve bem ativo ao longo do mês”, destaca Ana Elisa Bacha Lamounier.

Ainda de acordo com o relatório da Sparks, o último mês de 2018 ficou marcado, sem sombra de dúvida, pela tensão proveniente do mercado norte-americano. “O processo de alta de juros praticado pelo FED ao longo desses últimos trimestres acabou por provocar uma forte realização em suas bolsas de valores, quase que levando os mercados ao redor do globo ao pânico. A forte queda nas ações acendeu a luz amarela em relação às condições do sistema financeiro”, relatou a consultoria.

Fonte: DCI

Sexta Feira - 18/01/2019

VOLTAR