A primeira reunião do ano da Câmara de Logística Integrada da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), enfatizou a necessidade de unir esforços de todos os setores e entidades, assim como do apoio do governo, para que o estado do Rio de Janeiro retome o protagonismo nas atividades relacionadas ao comércio exterior.

Durante o evento, que contou com a presença do presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRio), Paulo Manoel Protásio, do assessor técnico da Camex, João Augusto Baptista Neto, e do subsecretário de Transportes do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Delmo Pinho, foi feita uma análise crítica do trabalho que vinha sendo desenvolvido no estado, que estagnou o desenvolvimento de setores que têm como atividade o comércio internacional.

O papel da cidade do Rio de Janeiro como potencial logístico também foi um tema abordado. Para Protásio, apesar dos investimentos empreendidos pelos operadores portuários, os resultados têm sido pífios e não correspondem as oportunidades oferecidas.

O Brasil, em 2016, encontrava-se 55º lugar em eficiência logística; e em 50º em qualidade de serviços de logística, segundo ranking do Banco Mundial. Os números foram apresentados pelo subsecretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, que apontou, ainda, uma queda de US$ 6 bilhões em 2013 para US$ 3,5 bilhões em 2016 na arrecadação do ICMS recolhido com a nacionalização de cargas no estado do Rio de Janeiro.

Segundo Pinho, para mitigar os custos logísticos são necessárias maior interconectividade com novos mercados, estabilidade regulatória e uma revisão de normas e procedimentos. Pinho destacou também questões relacionadas ao Porto do Rio, responsável por 70% das importações do país em 2015 e por 31% das exportações no mesmo período, mas que poderia aumentar sua capacidade de movimento de cargas. Para isso, de acordo com o subsecretário, é necessário, entre outras ações, que sejam realizadas obras de infraestrutura nas rodovias que interligam os centros produtores, assim como planejamento estruturado da área do Caju propostas no “Programa Porto do Rio Século XXI”.

As questões relacionadas à logística também estão no radar da Camex, que tem trabalhado em prol da simplificação dos procedimentos de transporte de cabotagem e longo curso, como por exemplo, na extensão da validade do Certificado de Livre Prática (Anvisa) e na integração do Porto Sem Papel com o Portal Único; no aperfeiçoamento dos procedimentos portuários, como na questão da cobrança da capatazia na formação do valor aduaneiro; e na revisão dos convênios de transporte marítimo no Brasil.

A AEB apresentou sua previsão para a balança comercial de 2017, que é de um superávit de US$ 51,647 bilhões, recorde histórico com consequente elevação da corrente de comércio. O presidente da entidade destacou a importância da união de forças do setor privado para aumentar a exportação de manufaturados.

Fonte: Assessoria de Comunicação da AEB

Sexta Feira - 13/01/2017

VOLTAR