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FÊMEAS PUXAM CRESCIMENTO DE 9% NO VOLUME DE ABATE DE BOVINOS NESTE ANO
O aumento do abate de fêmeas deve fazer com que o número de bovinos abatidos neste ano no Brasil chegue a 41 milhões de cabeças, um incremento de 9% em relação ao ano passado, projetou nesta quarta-feira (19) o sócio-diretor da consultoria Athenagro, Maurício Palma Nogueira.
Ainda segundo Nogueira, as exportações de carne bovina também devem crescer neste ano entre 11% e 12% em volume ante os embarques do ano passado, para uma quantidade entre 1,9 milhões de toneladas e 2 milhões de toneladas. “Mantemos nossa perspectiva de crescimento e esperamos que o volume possa fechar o ano próximo desse patamar, mas não muito maior do que isso.”
A perspectiva positiva para a pecuária também leva em consideração que concorrentes como a carne de frango tiveram mais dificuldades no ano. “Mesmo que a economia não esteja boa, o frango sofreu mais com a greve dos caminhoneiros e com a relação de troca com o valor do milho do que a pecuária.”
Ele ainda acrescentou que a valorização da moeda norte americana não tem impacto relevante nos preços da arroba, embora a mantenha firme e estimule as compras.
ProdutividadeOs resultados da expedição mostraram que a produtividade da pecuária brasileira voltou a subir. Entre os produtores que fazem ciclo completo (cria, recria e engorda), o aumento médio foi de 23% ante 2017, de 8,3 arrobas por hectare ao ano para 10,3 arrobas por hectare ano. Em cinco anos a produtividade média do público do rally aumentou 17%.
Esse aumento ocorreu ainda que os custos de produção tenham aumentado 22% no confinamento em 2018 em relação ao ano passado. “Esse incremento no custo é resultado da elevação dos custos de insumos – muitos deles precificados em dólar – e do milho. “Estamos preocupados que os custos vão subir mais do que gostaríamos no ano que vem.”
De acordo com o sócio-diretor da Agroconsult, André Pessôa, o câmbio deve prevalecer na formação do preço do milho, um dos principais insumos para a atividade. “Já sabemos o tamanho da oferta e da demanda. O que vai determinar é basicamente o câmbio, que depende do resultado das eleições”, destaca.
Ele acrescenta que a tendência é que se tenha estoques mais elevados com o recuo nos embarques o que, em tese, contribuiria para um cenário de baixa nas cotações.
TecnologiaConforme Nogueira, a expedição mostrou ainda que a margem dos produtores recuou, mas que o pecuarista manteve o investimento em tecnologias como melhora no manejo de pasto ou intensificação por meio de confinamento de animais, por exemplo.
“Percebemos que a pecuária caminha para produção focada em maior produtividade e um pacote tecnológico maior e passa a ser intolerante com um quem usa um menos tecnologia. A atividade está se aproximando da realidade da agricultura”, destaca Nogueira.
Conforme o diretor de relações com o pecuarista da JBS, Fábio Dias, por muito tempo a tecnologia foi associada a um produto mais caro, o que não condiz com a realidade na avaliação dele. “Para nós, a intensificação melhora a qualidade e a padronização do produto”, destaca Dias.
Fonte: DCI
Quinta Feira - 20/09/2018
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