Os investimentos globais em energia elétrica excederam pelo segundo ano consecutivo os realizados em petróleo e gás em 2017, informou nesta terça-feira (17) a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

De acordo com a IEA, o investimento global em energia totalizou US$ 1,8 trilhão em 2017, retração de 2% sobre o ano anterior. Foi o terceiro ano consecutivo de declínio nos aportes em energia no mundo, com eficiência energética sendo o único setor de crescimento. Mais de 95% dos investimentos estão baseados em regulamentação ou contratos de remuneração. Já os de eficiência energética estão particularmente ligados à política de governo.

No ano passado, mais de US$ 750 bilhões foram destinados somente ao setor elétrico, enquanto US$ 716 bilhões foram aportados no segmento de óleo e gás. Os aportes no setor elétrico foram puxados por investimentos em distribuição, conforme a indústria se prepara para uma maior eletrificação, segundo o relatório anual da IEA sobre investimentos em energia ao redor do mundo.

Conforme o relatório da agência, muitos países estão precisando investir mais em modernização ou na implementação de novas redes elétricas para equilibrar variações de oferta e demanda causadas pelo crescimento da geração solar e eólica e dos carros elétricos. E apesar da produção crescente de energia limpa, o investimento em eficiência energética e renováveis caiu 3% no ano passado após diversos anos de crescimento, o que pode ser seguido por uma nova queda neste ano.

No entanto, a China decidiu cortar subsídios para novas usinas solares e restringir o número de projetos, o que gera um risco de desaceleração nos aportes neste ano. “Uma queda dessas no investimento global em renováveis e eficiência energética combinados é preocupante”, disse o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol.

Ao mesmo tempo, o investimento em combustíveis fósseis cresceu no ano passado pela primeira vez desde 2014, devido a uma recuperação da força da indústria de óleo e gás para aportes. Já os investimentos no setor nuclear caíram ao menor nível em cinco anos em 2017, conforme mais usinas foram paradas do que novas unidades construídas.

Fonte: DCI

Quarta Feira - 18/07/2018

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