O Índice Geral de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou pela segunda vez seguida, em maio, chegando a 0,78%. Com o avanço da inflação, o espaço para cortes na taxa básica de juros diminui. Ontem, a Selic foi mantida em 14,25% ao ano (a.a.).

Por meio de nota, o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC), justificou a sétima manutenção consecutiva da taxa - tomada por unanimidade e sem viés. "O comitê reconhece os avanços na política de combate à inflação[...]. No entanto, considera que o nível elevado da inflação em 12 meses e as expectativas de inflação distantes dos objetivos do regime de metas não oferecem espaço para flexibilização da política monetária."

Segundo especialistas, pesou para a decisão o fato de que a reunião de ontem foi a última coordenada pelos atuais diretores do BC liderada por Alexandre Tombini - que deve assumir o cargo de diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Se a Selic fosse cortada, o mercado veria a ação como fora de momento adequado, principalmente porque a diretoria está saindo", disse Newton Rosa, superintendente de economia da SulAmérica Investimentos, conforme noticiado pelo jornal DCI.